O tempo vai mudar outra vez!
Só o meu relógio interior parece estagnado!
A noite não passa e o sono e o cansaço chegam intermitentes.
De todas as vezes que acordo procuro a manhã, ruídos, cães... mas o nevoeiro cobriu a minha rua, a minha casa branca, a minha cama de ferro e a minha alma.
O ar pesado não me deixa respirar.
Ficou tudo suspenso, inacabado!
Ficou tudo a meio neste projecto.
Só eu perdida nesta imensidão...
Invade-me um frio interior.
Dá-me um abraço, dá-me algo a que me possa agarrar!
....
Ninguém,
Só o vazio, o vazio, o vazio sem fim... incomensurável.
E choro, choro nesta casa vazia, sem vida de ti e de mim, neste ano de todas as perdas.
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Ainda sinto o teu cheiro
Procuras o cheiro de outras mulheres mas não sabes que ainda sinto o teu cheiro.
Quantas vezes arriscaste?
Quantas vezes arriscaste? Muitas.
Quantas vezes perdeste? Sempre.
E o que fazes ainda viva? Nada, porque já estou morta.
Quantas vezes perdeste? Sempre.
E o que fazes ainda viva? Nada, porque já estou morta.
Num canto da noite...
O meu estômago está vazio.
A minha cabeça está confusa.
Mas eu estou viva a sentir cada palavra que não existe, a sentir cada olhar que não chega, a sentir cada afago que se perdeu algures, num canto da noite.
A minha cabeça está confusa.
Mas eu estou viva a sentir cada palavra que não existe, a sentir cada olhar que não chega, a sentir cada afago que se perdeu algures, num canto da noite.
Saber de ti mata...
Saber de ti mata-me.
E choro sem que isso me alivie.
Choro porque partiste e porque te quero ainda,
Choro porque te deixei ir, caminhando sozinho por entre o asfalto e o sapal...
Sei que se não fosse assim me matarias lentamente até me consumires o último sopro.
Também sei que a vida é inevitável…
Que tens o direito de procurar, de encontrar, de sonhar…
Sei tudo isso mas sofro que nem um cão atropelado na beira da estrada.
Queria-te todo para mim.
Sempre...no fim da tarde, no amanhecer, no dobrar da esquina...
Queria-te doce, tranquilo, criança ainda...
Pensas que não volto
e nem sonhas o quanto te desejo ainda, em silêncio,
na solidão do meu quarto.
7 de Outubro de 2007
E choro sem que isso me alivie.
Choro porque partiste e porque te quero ainda,
Choro porque te deixei ir, caminhando sozinho por entre o asfalto e o sapal...
Sei que se não fosse assim me matarias lentamente até me consumires o último sopro.
Também sei que a vida é inevitável…
Que tens o direito de procurar, de encontrar, de sonhar…
Sei tudo isso mas sofro que nem um cão atropelado na beira da estrada.
Queria-te todo para mim.
Sempre...no fim da tarde, no amanhecer, no dobrar da esquina...
Queria-te doce, tranquilo, criança ainda...
Pensas que não volto
e nem sonhas o quanto te desejo ainda, em silêncio,
na solidão do meu quarto.
7 de Outubro de 2007
Subscrever:
Mensagens (Atom)